– O poema está construído com base numa personificação da Europa, como se se tratasse de um corpo humano.
– A descrição vai-se desenvolvendo do geral para o particular. O sujeito poético refere, logo no início do poema, o tema gerador da descrição – «A Europa» – e apresenta os dois traços definidores: «jaz, posta nos cotovelos» e «fitando». Constate-se que o cotovelo esquerdo se refere à Itália e o direito à Inglaterra (ou sobre elas assentes) países que se sabe serem a base das raízes culturais europeias.
Estes dois traços, jazer e fitar, serão desenvolvidos nas segunda, terceira e quarta estrofes.
– De referir a importância simbólica do olhar e do rosto: enquanto o primeiro tem, por vezes, um poder mágico e misterioso, o segundo encontra-se relacionado com um tipo de linguagem silenciosa.
– O poema assenta em duas imagens contraditórias: uma imagem de lassidão, de dormência transmitida pelo verbo jazer e uma outra de expectância, de movimento, de captação e de compreensão traduzida pelo verbo fitar. Estas duas imagens simbolizam a conjugação do passado com o presente e com o futuro, denunciando a importância de Portugal na construção desse futuro: O Ocidente, futuro do passado.
O olhar é, de resto, o único elemento que parece ter ainda alguma força, perante uma Europa cansada (este cansaço é visível pela posição adoptada). O olhar encontra-se no rosto = Portugal.
– A importância de Portugal, rosto da Europa e, portanto, a face visível de tudo o que ela representa, é posta em relevo pelo final do poema. A organização descritiva inicial do poema, de maior fôlego, vai-se condensando para se apoiar, na parte final, no rosto e no olhar.
– Para Pessoa, Portugal é o ponto extremo ocidental da Europa, é o rosto da Europa que fita o mar ocidental, o seu destino e o seu futuro.
Qual, então, a missão de Portugal? No segundo verso, embora referida indirectamente, é a de ligar o Oriente ao Ocidente, não apenas física mas espiritualmente. Segundo Pessoa, no texto publicado na revista A Águia, trata-se da procura de uma Índia nova.
– A descrição vai-se desenvolvendo do geral para o particular. O sujeito poético refere, logo no início do poema, o tema gerador da descrição – «A Europa» – e apresenta os dois traços definidores: «jaz, posta nos cotovelos» e «fitando». Constate-se que o cotovelo esquerdo se refere à Itália e o direito à Inglaterra (ou sobre elas assentes) países que se sabe serem a base das raízes culturais europeias.
Estes dois traços, jazer e fitar, serão desenvolvidos nas segunda, terceira e quarta estrofes.
– De referir a importância simbólica do olhar e do rosto: enquanto o primeiro tem, por vezes, um poder mágico e misterioso, o segundo encontra-se relacionado com um tipo de linguagem silenciosa.
– O poema assenta em duas imagens contraditórias: uma imagem de lassidão, de dormência transmitida pelo verbo jazer e uma outra de expectância, de movimento, de captação e de compreensão traduzida pelo verbo fitar. Estas duas imagens simbolizam a conjugação do passado com o presente e com o futuro, denunciando a importância de Portugal na construção desse futuro: O Ocidente, futuro do passado.
O olhar é, de resto, o único elemento que parece ter ainda alguma força, perante uma Europa cansada (este cansaço é visível pela posição adoptada). O olhar encontra-se no rosto = Portugal.
– A importância de Portugal, rosto da Europa e, portanto, a face visível de tudo o que ela representa, é posta em relevo pelo final do poema. A organização descritiva inicial do poema, de maior fôlego, vai-se condensando para se apoiar, na parte final, no rosto e no olhar.
– Para Pessoa, Portugal é o ponto extremo ocidental da Europa, é o rosto da Europa que fita o mar ocidental, o seu destino e o seu futuro.
Qual, então, a missão de Portugal? No segundo verso, embora referida indirectamente, é a de ligar o Oriente ao Ocidente, não apenas física mas espiritualmente. Segundo Pessoa, no texto publicado na revista A Águia, trata-se da procura de uma Índia nova.
Neste poema é evidente a crença de Pessoa de que Portugal possui todas as condições (geográficas e experienciais) para partir à descoberta de uma nova Índia, que estará na base do chamado V Império. É o rosto da Europa, o seu cérebro, logo o único país capaz de tal empresa.
Sem comentários:
Enviar um comentário